Relacionamentos Amorosos
Como demanda número um que chega aos consultórios psicológicos, é o tema de como se relacionar melhor e de maneira mais saudável com o outro.
Gabriel Oliveira
12/4/20242 min read
Se há um grande desafio na vida, ele se chama relacionamento. Desde o nascimento, estamos constantemente nos relacionando: com pais, irmãos, amigos, professores, colegas de trabalho, parceiros, filhos, e até mesmo com prestadores de serviços. Essas interações fazem parte do nosso cotidiano.
Diante disso, é essencial reservar um tempo para refletir sobre como nos relacionamos com os outros. Aqui, o foco será nos relacionamentos amorosos e românticos.
Decidir compartilhar a vida com outra pessoa não é uma escolha simples. Requer coragem e disposição. Hoje em dia, muitos relacionamentos começam e terminam rapidamente, frequentemente com justificativas como: “ele(a) não se dedicava à relação”, “não me sentia compreendido(a)” ou “não parecia que estávamos realmente juntos”. Embora existam diversas razões, essas são bastante recorrentes, inclusive em atendimentos psicológicos.
Mas por que isso acontece com tanta frequência?
Relacionar-se a dois significa unir histórias de vida diferentes. Cada pessoa traz consigo experiências, valores, hábitos e sonhos únicos, que precisam ser compartilhados e conciliados. É nesse ponto que surgem os desafios: muitas vezes, as diferenças são negligenciadas, os incômodos são ignorados e as inseguranças reprimidas. Isso pode transformar o relacionamento em algo desgastante, causando mais ansiedade do que equilíbrio emocional.
Esses desafios frequentemente resultam de fatores como falta de autoconhecimento, dificuldade em expressar sentimentos, ausência de empatia, altos níveis de exigência ou problemas na comunicação. Essas questões podem vir de apenas um ou de ambos os envolvidos. Sem uma comunicação saudável, um espaço para expressar medos e vulnerabilidades, e uma base de confiança mútua, o relacionamento tende a fracassar.
Relacionar-se exige habilidades pessoais importantes, como autocompaixão e empatia. É necessário conhecer seus próprios limites e comunicá-los de forma respeitosa, além de compreender e acolher os limites do outro. É importante desfazer a crença de que você precisa de alguém para ser feliz. Aprender a se relacionar bem consigo mesmo é o primeiro passo para se relacionar de maneira saudável com outra pessoa. Relacionamentos exigem maturidade emocional.
Então, como enfrentar esse desafio?
Primeiro, avalie se você está preparado para unir e dividir histórias – a sua e a do outro. Estar em um relacionamento é um exercício constante de dar e receber. Pergunte-se: minhas ações demonstram amor? E o que recebo do outro, significa amor para mim?
Buscar ajuda profissional, como a terapia de casal, antes de dar passos importantes, como o casamento, pode ser uma ótima forma de refletir e alinhar expectativas. Com o auxílio de um terapeuta, muitas questões podem ser exploradas e ajustadas, reduzindo riscos futuros.
Embora relacionamentos sejam desafiadores, são também uma das experiências mais enriquecedoras. Ame com atenção e intenção. Reflita diariamente sobre como você tem demonstrado amor e esteja disposto a compartilhar e se entregar.