Bipolaridade
O termo "bipolaridade" é amplamente usado para se referir ao Transtorno Afetivo Bipolar, uma condição psiquiátrica que afeta o humor. Esse transtorno é comum, tem tratamento e pode ser controlado adequadamente com acompanhamento médico.
Gabriel Oliveira
12/10/20243 min read
O que é bipolaridade?
O termo "bipolaridade" é amplamente usado para se referir ao Transtorno Afetivo Bipolar, uma condição psiquiátrica que afeta o humor. Esse transtorno é comum, tem tratamento e pode ser controlado adequadamente com acompanhamento médico.
Entre os transtornos do humor mais conhecidos estão o Transtorno Afetivo Bipolar e o Transtorno Depressivo, também chamado de unipolar.
Sintomas do Transtorno Bipolar
O Transtorno Afetivo Bipolar caracteriza-se por mudanças de humor que variam entre estados de depressão e euforia (ou mania). Essas oscilações podem acontecer de forma repentina ou gradual e apresentam intensidades variadas.
Episódios de Mania
Os principais sintomas na fase de mania incluem:
Autoestima elevada (sensação de grandiosidade);
Redução da necessidade de sono;
Gastos excessivos ou impulsivos;
Falar excessivamente, com dificuldade de ser interrompido;
Distratividade e envolvimento em atividades de risco (como consumo de substâncias ou comportamentos impulsivos).
Além disso, o raciocínio pode se tornar desorganizado, com dificuldade em concluir pensamentos ou ideias.
Episódios de Depressão
Na fase depressiva, os sintomas mais comuns são:
Sensação de tristeza profunda;
Falta de energia e desinteresse por atividades;
Necessidade aumentada de sono;
Isolamento social e retração;
Pensamentos negativos, autocrítica severa e, em casos graves, risco de ideação suicida.
Esses episódios podem durar semanas, meses ou até anos.
Transição entre Mania e Depressão
Um dos aspectos marcantes do Transtorno Afetivo Bipolar é a alternância entre os estados de euforia e depressão. Para entender essa dinâmica, é importante diferenciar humor de afetos:
Afetos: Refletem estados emocionais momentâneos, que oscilam rapidamente entre alegria e tristeza, algo comum em todas as pessoas.
Humor: Tem maior duração e está associado a estados mais persistentes, como a euforia ou a depressão, que influenciam diretamente a disposição para a vida.
No transtorno bipolar, a oscilação ocorre no humor, não apenas nos afetos, afetando de forma mais profunda a estabilidade emocional do indivíduo.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do Transtorno Afetivo Bipolar deve ser realizado por um psiquiatra. Ele envolve:
Anamnese detalhada, incluindo histórico de vida e de saúde mental;
Exame psíquico completo;
Exames laboratoriais e de imagem para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes.
Um dos sinais de alerta para leigos é observar a alternância entre comportamentos impulsivos e episódios depressivos.
Tipos de Transtorno Bipolar
Embora a psiquiatria reconheça apenas o Transtorno Afetivo Bipolar como diagnóstico principal, algumas classificações específicas dividem o transtorno em três tipos:
Tipo 1: Episódios de mania intensa, muitas vezes acompanhados de sintomas psicóticos (desconexão com a realidade).
Tipo 2: Episódios de hipomania (mania leve), menos intensos, mas ainda significativos.
Tipo 3: Episódios de mania induzidos por medicamentos.
Entre essas classificações, o Tipo 1 é considerado o mais grave.
Riscos Associados
Os perigos do transtorno bipolar estão relacionados aos sintomas extremos.
Durante a mania: Há riscos de comportamentos imprudentes, como gastos excessivos, envolvimento em atividades sexuais de risco e exposição a situações perigosas.
Durante a depressão: Pode haver negligência com a saúde, desnutrição, falta de higiene e, em casos graves, risco de suicídio.
É possível viver normalmente com o transtorno?
Sim! Com o tratamento adequado, pessoas com Transtorno Afetivo Bipolar podem levar uma vida normal e produtiva. Assim como em doenças crônicas, como diabetes, a adesão ao tratamento é essencial para o controle dos sintomas e prevenção de crises.
Como é o tratamento?
O tratamento inclui:
Medicamentos: Ajustados para estabilizar o humor e minimizar efeitos colaterais. Durante o processo, pode ser necessário alterar as medicações para encontrar o melhor equilíbrio.
Psicoterapia: Ajuda a pessoa a entender e lidar com os sintomas, desenvolvendo estratégias para prevenir recaídas.
A cura completa é difícil de alcançar, mas o controle dos sintomas permite uma vida estável. Qualquer alteração no tratamento, como redução de medicamentos, deve ser feita exclusivamente sob orientação médica.
Com tratamento contínuo e suporte adequado, é possível minimizar os impactos do transtorno e alcançar qualidade de vida.